Tuesday, January 23, 2007

Tokyo Passion na Malásia

O Tokyo Passion já está conquistando outros países da Ásia!!! É o projeto de expansão global do Andrômeda World em ação.

Tem uma menina muito doidinha que viu meu blog e pediu permissão para usar uma foto no blog dela. A menina é lá de Kuala Lumpur e fez uma versão do post do Darth Pink: O lado rosa da força. Dê uma olhada aqui no blog da guria.

Monday, January 22, 2007

Pedi uma pizza

By Raquel

O Emerson terminou de escrever a tese dele e, claro, falei que tínhamos de comemorar. Ele, como bom paulistano que é, disse que queria comer uma pizza.

Pizza aqui pra gente é um luxo. Custa tão caro quanto um combinado de sushi e sashimi (aquele barquinho) em restaurante japonês no Brasil.

Por causa do preço, a gente só comeu pizza boa aqui duas vezes. Outro motivo é que nunca tivemos coragem de pedir uma redonda em japonês por telefone. Então íamos pessoalmente lá na pizzaria -- que fica longe pacas -- fazíamos o pedido e ficávamos esperando. Não é o tipo da coisa que a gente está a fim de fazer sempre, ainda mais com o frio que está fazendo.

Mas hoje, como o dia é especial, resolvi que ia pedir a pizza por telefone! E no melhor japonês que eu conseguisse. Ensaiei bem, li mil vezes o nome da pizza no folheto do Domino"s e liguei:

- Domino"s Pizza, boa noite!
- Desculpe, eu sou estrangeira, então por favor fale devagar...
- (provavelmente pensando: tinha que ser comigo?) Entendi.
- (confiante) Gostaria de fazer um pedido!
- Sim. Qual o seu telefone?
- (olhando para o número que eu tinha escrito pra não errar) 090 xxxx-xxxx.
- Certo. E o endereço?
- (mais confiante ainda) Kodaira-shi, Gakuen Nishi Machi x-x-x. Não, X, não! Y-x-x!
- Certo. O nome do prédio?
- Aban Haimu.
- Número do apartamento?
-000.
- Qual o nome da senhora?
-Rakeru.
- Desculpe, poderia repetir por favor?
- (pensando em falar: é igual ao nome do restaurante...) Ra-ke-ru.
- (confirmando) Senhora Rakeru, né?
- Sim.
- Qual o pedido?
- (respiro fundo) Kuatoro Djaianto (quatro gigante), tamanho grande! (tinha gigante tamanho pequeno também...)
- Certo, Kuatoro Djaianto, tamanho grande. Nani nani nani nani, nani nani ?
- ?????? (pânico! Tava indo tão bem...Respira, respira...) Desculpe, não entendi, poderia repetir?
- (pacientemente) Nani nani nani nani, nani nani ?
- (tentando advinhar) Isso é molho?
- (ainda pacientemente) Nani nani nani nani, nani nani...
- (chutando o balde) Ah, pode ser qualquer um!
- (ainda pacientemente...) Nani nani crocante nani nani...
- (me agarrando a única palavra que entendi) Crocante! Crocante! (ufa...)
- Certo (provavelmente aliviado). Mais alguma coisa?
- (torcendo pra ele não perguntar mais nada) Só isso...
- A conta deu 3.150 ienes (31 dólares). Vai levar meia hora.
- Ok.
- Obrigado pelo pedido.

Monday, January 15, 2007

Por motivo de força maior

Eu falei que ia falar sobre o ano novo dos japs, as fotos ja estão prontas, o texto na cabeça, mas por motivo de força maior não está dando. Não tem clima. Estou terminando a minha tese de mestrado e isso está ocupando todos os megabytes da minha memória. Então, logo logo volto a postar!

Monday, January 01, 2007

Nosso Ano Novo no Japão

Este ano fomos para a Torre de Tokyo, em Shiba Park (Shiba Kouen) em Minato-ku, para celebrar a chegada do ano novo.

A Torre de Tokyo é inspirada na Torre Eiffel. Eu nem sabia que tinha torre de Tokyo quando cheguei no Japão. Descobri por acaso onde ficava quando procurava o local da alfaiataria que meu pai tinha aqui, no bairro de Roppongi, antes da construção da torre em 1956. Hoje há um McDonalds no lugar. (Eu tenho a foto, não da alfaiataria, mas a do McDonalds.) Não posso dizer que a torre de Tokyo é uma cópia pois não lembra em nada a atmosfera da torre de Paris. Parece que os japoneses da época queriam dizer que "se os franceses têm, a gente também pode." Ela foi construída para ser suportar as antenas de TV de Tokyo. Para variar, dentro há vários museus (inclusive o Museu do Guinnes Book) e também restaurantes. Deveras curioso. Para quem nunca foi, há uma webcam ao vivo do topo da torre, neste site (tem de apertar um botão onde está escrito English).

Um luminário no prédio da torre nos felicitava Kinga Shin'nen (Feliz Ano Novo).

Voltando ao assunto, lá no local havia uma certa multidão, talvez 1000 pessoas, e estava tudo muito civilizado. O ambiente não indicava que haveria algum evento especial tal como uma "super queima de fogos de Copacabana". Um funcionário da torre dizia constantemente no megafone: "Podem ficar o tempo que quiserem mas não vai ter nada aqui." Apesar disso, um indiano muito maluco perto de nós começou a soltar berros a alguns minutos do ano novo e agitou o local. O que não faz alguns berros histéricos. Muita gente apareceu do nada e, com uma boiada, começaram a correr para o local onde nós estávamos. Deve ter passado de mais de 2000 ou 3000 pessoas. Ou mais.

De repente, ouço um "10, 9, 8...", provavelmente um cara inteligente estava sincronizado com o relógio do celular, pois não havia telão com contagem regressiva. E no êxtase, no primeiro segundo do ano novo, se iluminou um singular "2007" bem no centro da torre. Não houve estouro de fogos de artifício, como esperado. O que houve foi estouro do nosso champagne francês, afinal estávamos na frente da torre.

As fotos são da Raquel, que insistentemente tentava tirar "a" foto para a capa da Time. E conseguiu (tirar a foto, não publicar na Time). Não teríamos ido lá se não estivessem os amigos da Raquel, Gisele e seu marido Paul, que moram perto de lá.

Foi divertido de qualquer maneira. Certamente não é essa a maneira tradicional de os japoneses celebrarem a passagem do ano novo, senão haveria uma grande festa com fogos e trio-elétrico, com direito a aparecer no Jornal Nacional. Japonês que é japonês celebra a passagem de outra maneira, e uma vez eu fui conferir. Mas fica para um próximo post.